Talvez você se lembre do Matheus Nascimento como Slowaves, duo que tinha com Carlos Duarte. Agora ele retorna com um novo projeto, Whirle.

Segundo Matheus, Whirle é a paisagem onírica pós-punk e shoegaze inspirada em Jesus and Mary Chain, My Bloody Valentine, Stone Roses e Sonic Youth. O single de estreia “What She Thinks She Knows” lançado em Abril de 2024 ilustra as influências com guitarras repletas de reverberação, vocais sombrios em uma experiência auditiva penetrante, explosiva e totalmente saturada.

Depois de lançar os singles “Like Ghosts” e “Here She Comes” em 2019, o Slowaves se virou para o french-pop de Paradis, Lewis of Man, Vendredi Sur Mer, Kid Francescoli e French 79. “Naturalmente passamos a produzir músicas nesse estilo. Então, entramos em contato com a Alter K, que havia lançado Kid Francescoli e French 79, o que julgamos ser mais apropriado para o gênero eletrônico que buscávamos e para entrar no mercado musical francês“, lembra Matheus.

Na Alter K, a Slowaves lançou um EP intitulado “I”.  Logo em seguida o duo se tornou um projeto solo do Matheus que continuou a lançar com outras gravadoras francesas, como Loverboy na Profil de Face, Apple Pie (um feat com a cantora belga Lomboy) e Drown na Kitsuné Musique.

Decidido a se mudar para a França, Matheus lançou um segundo EP como Slowaves chamado “CHROMA” via Cookie Records. “Este EP é um trabalho do qual tenho orgulho em termos de produção e composição. Ele é quase inteiramente composto por música francesa, contendo faixas como ‘Grand Soleil’ com a parisiense MOTOMOTO, ‘Sous les néos’ com Jeanne Bonjour, ‘Deux’ e uma versão de ‘L’amour et la violence’ do Tellier”, relembra Matheus.

Paradoxalmente, vivendo na França, o french pop deixou de fazer sentido e segundo Matheus, “o que eu ouvia no dia a dia não se refletia no que a Slowaves acabou se tornando. Então um dia, decidi fazer música por diversão após assistir o ‘Upside Down: The Creation Records'”.

Segundo Matheus, as músicas que surgiram faziam mais sentido mas ao mesmo tempo eram tão diferentes que ele decidiu que aquilo seria um projeto novo. “Apesar de a Slowaves ser um projeto pequeno, está muito associada à música eletrônica. Não consigo ver o que estou fazendo no Whirle como Slowaves; para mim, é impossível fazer essa conexão“, completa.

De volta ao Brasil, em São Paulo, Matheus se reconectou com a Vita Conti, a quem conhece há vários anos. “É uma de minhas melhores amigas e uma artista e designer incrível, e compartilhamos as mesmas influências musicais e estéticas. Enviei algumas demos do Whirle para ela e decidimos trabalhar juntos. Ela sempre me ajudou com sugestões na composição/direção sonora“.

Vita também assumiu a parte visual do Whirle, algo que Matheus confessa ficar muito ansioso para resolver. Ela também ajudou Matheus a escolher o nome, Whirle. “O nome veio de ‘whirl’, uma palavra que eu usava o tempo todo durante as gravações. Quando não sabia como explicar tecnicamente o que estava buscando era comum dizer ‘essa música ainda não chegou lá, falta um ‘whirl’ em algo’. Buscando o tempo todo esse “whirl/washing/spinning”  achei uma boa chamar o projeto de Whirle, que é uma palavra que não existe“.

O single de estreia da Whirle, “What She Thinks She Knows” será lançado em Abril de 2024. Outros 2 singles já estão programados para os próximos meses.